Monday, August 19, 2013

Vitória merecida (65-31) inverteu tendência negativa


Vukovar (Croácia) – Finalmente a vitória apareceu a inverter uma tendência negativa (3 derrotas consecutivas). Quem pagou as favas foi a Inglaterra que confirmou estar uns bons furos abaixo da nossa equipa. Na 1ª metade (14-22) ainda houve alguma resistência das inglesas, mas depois do descanso o sinal mais foi nitidamente das portuguesas.


Começando com Bravo Harriott no banco e não podendo contar com a extremo Janice Monakana, ao que sabemos por problemas burocráticos (passaporte), a Inglaterra apenas esteve no comando no 2º minuto, com Megan Lewis a abrir a contagem (2-0). Portugal respondeu com um parcial de 0-10, com Josephine Filipe, Maria Kostourkova e Simone Costa a assumirem as despesas. As comandadas de Kostourkova defendiam bem obrigando o adversário a cometer turnovers por 24 segundos (tempo de ataque excedido). As britânicas reagiram (7-10), com um triplo de Bravo-Harriott a dar o mote à entrada do minuto 8 (5-10), obrigando a seleccionadora lusa a parar o cronómetro no mesmo minuto. As coisas melhoraram e Portugal aumentou a vantagem (7-14), mas a Inglaterra reduziu para 9-14 no final do 1º quarto. Entretanto azar para as inglesas com a lesão da base Leah McDerment (entorse tibiotársica) que não voltou a reentrar.

No 2º período (5-8) jogou-se pior de parte a parte, com os turnovers a subirem e a eficácia a baixar de 25% para 17% nas inglesas enquanto as nossas representantes também desciam de 39% para 30%. Portugal continuava a ganhar as tabelas (20-23 ressaltos), com realce para a tabela ofensiva (8-11). Josephine Filipe e Simone Costa eram as marcadoras de serviço, com a primeira a jogar com muita inteligência na área pintada enquanto Simone dava nas vistas com as suas poderosas arrancadas. Ao intervalo Portugal continuava na frente (14-22).

No 3º quarto (10-20) até ao minuto 25 (21-28) as inglesas continuavam a resistir, mas Portugal ao impor um parcial de 0-11 ganhou uma vantagem confortável (18 pontos) já no minuto 30 (21-39). Mas ainda houve tempo para Bravo-Harriott acertar o seu 2º triplo (24-39), com 10 segundos para jogar e Joana Soeiro a responder com a sua 1ª bomba em cima da buzina (24-42). A nossa equipa continuava a superiorizar-se na luta dos ressaltos (28-33), cometia menos erros (17-13 turnovers) e melhorava de novo a eficácia nos lançamentos de campo (21%-36%).

O último período (7-23) foi o de melhor produção do seleccionado luso. Um parcial de 0-9, fechado com a 1ª bomba da base Susana Lopes (24-51) no minuto 33 deu o golpe de misericórdia na já ténue resistência adversária. Até final ainda houve mais 3 triplos (1 de Joana Soeiro e 2 de Susana Lopes), com a poste Maria Kostourkova a dar que fazer às suas opositoras na área pintada, que normalmente a travavam em falta (6 faltas provocadas).

Resultado final: Inglaterra 31-65 Portugal

Destaque no colectivo de Kostourkova para a prestação de Josephine Filipe, MVP do encontro (27,5 de valorização) ao contabilizar 16 pontos, 6/12 nos duplos, 6 ressaltos sendo 4 ofensivos, duas assistências, 5 roubos, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas com 4/4 nos lances livres. Foi muito bem secundada por Simone Costa (19,0 de valorização) ao somar 11 pontos, 5/7 nos duplos, 8 ressaltos sendo 1 ofensivo, 3 assistências, 3 roubos, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas com 1/1 nos lances livres e ainda por Maria Kostourkova (14,5 de valorização) que anotou 12 pontos, 4/6 nos duplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, uma assistência, 2 desarmes de lançamento e 6 faltas provocadas com 4/6 nos lances livres. Bons contributos de Chelsea Guimarães (5 ressaltos e duas assistências), Susana Lopes (3/5 nos triplos), Joana Soeiro (2/7 nos triplos, 4 assistências e duas faltas provocadas) e Laura Ferreira (6 ressaltos sendo 2 ofensivos, uma assistência e duas faltas provocadas).

Na selecção de Inglaterra a mais valiosa foi a extremo Freya Szmidt (15,0 de valorização) que saltou do banco para somar 7 pontos, 7 ressaltos sendo 4 ofensivos, uma assistência, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e duas faltas provocadas, com 1/1 nos lances livres. Noutro nível esteve Megan Lewis (9 pontos, 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, 3 roubos e 4 faltas provocadas com 3/4 nos lances livres), enquanto a melhor marcadora Bravo-Harriott (10 pontos, 2/8 nos triplos, 2 ressaltos defensivos e 5 faltas provocadas com 2/4 nos lances livres) viu a sua valorização ser fortemente penalizada pela ineficácia nos lançamentos de campo (3/16), o mesmo sucedendo a Shequila Joseph (metida no bolso por Josephine Filipe que a marcou de forma irrepreensível) ao fazer 0/8 em lançamentos de campo, não marcando qualquer ponto em 18 minutos e meio de utilização.

A vitória da selecção portuguesa assentou essencialmente na supremacia nas tabelas (35-41 ressaltos), tanto na tabela defensiva (22-25) como na tabela ofensiva (13-16), na maior eficácia de lançamentos de campo (19%-41%), repartida pelos duplos (225-47%) e pelos triplos (13%-28%), no maior colectivismo (5-16 assistências), no menor número de erros cometidos (25-16 turnovers), por ter mais roubos de bola (7-10), por ter conseguido mais desarmes de lançamento (2-5), por ter mais faltas provocadas (16-18) e ainda por ter melhor aproveitamento da linha de lance livre (69%-77%), ao marcar 10 em 13 tentativas, enquanto o adversário mas mesmas 13 só converteu 9. Ou seja: superioridade em todos os indicadores.

De referir o equilíbrio na distribuição dos pontos da equipa: 35 pontos para as jogadoras interiores e os restantes 30 para as exteriores.

Ficha de jogo

Sköla Ivana Domca, em Vinkovci

Inglaterra (31) – Leah McDerment, Megan Lewis (9), Lauren Milighan, Shequila Joseph e Harriet Otewill-Soulsby (1); Anna Forsyth, Jay-Ann Bravo Harriott (10), Freya Szmidt (7), Paige Robinson, Evelyn Adebayo (2) e Francesca Quinn (2)

Portugal (65) – Joana Soeiro (8), Laura Ferreira, Joana Cortinhas (2), Josephine Filipe (16) e Maria Kostourkova (12); Simone Costa (11), Chelsea Guimarães (5), Emília Ferreira (2), Susana Lopes (9), Sofia Pinheiro, Sara Dias e Inês Veiga

Por períodos: 9-14, 5-8, 10-20, 7-23

Árbitros: Jasmina Juras (SRB), Andrada Monika Csender (ROU) e Ilona Kucerova (CZE)

Resultados e classificações:

Grupo G – Inglaterra 31-65 Portugal e Bielorússia 60-81 República Eslovaca

Classificação: 1º Portugal 1V; 2º República Eslovaca 1V; 3º Bielorússia 1D; 4º Inglaterra 1D

Grupo E – Rússia76-68 Turquia, Croácia 34-59 Holanda e República Checa 45-71 Espanha

Classificação: 1º Espanha 3V; 2º Holanda 3V; 3º Rússia 2V1D; 4º Turquia 1V2D; 5º República Checa 3D; 6º Croácia 3D

Grupo F – Itália 72-49 Suécia, Grécia 56-70 França e Eslovénia 46-69 Sérvia

Classificação: 1º França 3V; 2º Sérvia 3V; 3º Itália 2V1D; 4º Suécia 1V2D; 5º Grécia 3D; 6º Eslovénia 3D

Calendário para amanhã (3ª feira):

Grupo G – Portugal-Bielorússia (13H45) e República Eslovaca-Inglaterra (13H45)

Grupo E – Turquia-Espanha, Croácia-República Checa e Holanda-Rússia

Grupo F – Suécia -França, Eslovénia-Grécia e Sérvia-Itália

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